Olá queridos (as)
Após reclamações, recebi um convite de ir conhecer o Espaço Empresarial, para que eu pudesse ver com meus próprios olhos que o local é sim acessível, pois bem:
Ao chegar, fui recebida pelo Gerente do local, Sr. Paulo, conversamos rapidamente,e umas das primeiras coisas que ele me disse foi: "Nunca tivemos demanda, você foi a primeira a procurar" e ele foi me mostrar o local, primeiramente me mostrou uma sala, no piso inferior, com computadores, essa sala, nada mais é que uma sala implantada para o acessa são paulo, para quem não sabe, o acessa são paulo, é um programa do governo, para levar internet á todos,porém segundo Sr. Paulo, se houver demanda de deficientes físicos, para o curso de computação, os mesmos poderão utilizar aquela sala.
Seguindo com a visita, ele me mostrou onde é dado o curso de Corte Industrial, como venho dizendo, vai do nosso bom senso também, saber o que podemos ou não fazer, para o curso de Corte industrial, a pessoa vai precisar dos braços e pernas ativos, se bem, que como deficiente, eu sei que nós adaptamos, para aquilo que queremos, uma pessoa sem perna, por exemplo, pode fazer o curso, basta adaptar algo, para pisar no pedal da máquina não é mesmo?
Conclusão da visita: Ao meu ponto de vista, repito
MEU ponto de vista, é obvio que não se tem demanda, não há oferta, quando é aberta as inscrições, não vejo nada referente á acessibilidade, e aos deficientes em geral, e dai funciona a lei da oferta e da procura, se quando abre-se as inscrições tivesse algo, falando "deficientes também podem participar", talvez houvesse mais procura.
O local não está preparado para receber deficientes, pois a sala de informática que está no piso inferior, está ali, para outro intuito e não o mesmo que as salas do piso superior, mas, como tudo tem um MAS, se surgir algum deficiente, faz ali mesmo!!
Eu questionei, sobre todo o tipo de deficiente, e o que me foi respondido é que, se houver demanda, veremos o que poderá ser feito.
Quando dizemos ACESSIBILIDADE, falamos em algo mais complexo, do que uma rampa bem feita, falamos de acessibilidade de um modo geral, é ter condições de receber QUALQUER tipo de pessoa, seja ela deficiente, físico, auditivo ou mental.
Como conclusão, eu digo o seguinte: Vocês deficientes, TEM o DEVER de procurar os cursos, tem o DEVER de dar a cara a tapa, já o local, tem o DEVER de nos possibilitar á fazer os cursos.
Se eu fosse dar uma nota de 0 á 10, eu daria uma nota 4 ao local, pois ainda falta-se muita coisa, mas já é meio caminho andado, o fato de querer fazer.
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Aproveitando essa Postagem sobre visitas, eu vou dar algumas dicas, para quem for me chamar para uma "Visitinha cordial":
1° Se você me chama para uma visita, é sinal que devemos conversar, ou seja, eu também tenho o direito de falar.
2° Seja simpático, você não está me fazendo um favor.
3° Sou cadeirante, e minha cadeira é mecânica, ou seja, ande devagar, andar na minha frente e a passos largos, é no mínimo deselegante.
4° Uma rampa, não torna o lugar acessível, precisamos mais do que isso.
5° Não me receba como uma "inimiga", acredite eu também não estou ali para fazer amizades, mas estou ali, para escutar o que você tem á me falar, sobre meus direitos que não estão sendo cumpridos.
6° Marque uma hora, para nossa visita, assim, as coisas fluirão mais fáceis, e poderemos conversar.
7° Eu não sou uma desocupada, querendo "aparecer", eu sou uma cidadã, cobrando meus direitos.
8° Seja educado (a), me tratar com respeito é o mínimo que você pode fazer.
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Aviso aos Deficientes: Vocês também, tem que começar a agir, chega de ficar se lamentando pelos cantos, eu sei que é difícil, dar a cara á tapa, eu sei que se ninguém menciona se há vagas para deficientes, fica difícil sabermos se somos bem vindos, mas vão atrás, perguntem, façam valer o seu direito.
Quero ver nas próximas inscrições, se vocês irão procurar o Centro Empresarial, ou qualquer outro local, vamos começar a nos movimentar, caso a porta esteja fechada, me avisem, e juntos podemos unir forças, para
derrubar essa porta.
